Ela é triste
pois derruba
leva e não traz
Deixa ela em paz
quieta, não mexe
com ela ,esquece
E viva, renasça
a cada segundo
pois ela te espera!
domingo, 26 de junho de 2016
A MORTE CHEGA CEDO - FERNANDO PESSOA
A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.
E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.
E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto
A minha life- SilvanaRc
A minha vida é minha
e de mais ninguém
Pois dela me alimento
e crio tudo e todos que
estão ao meu redor
Se estiver tudo bem
não estou realizada
Se estiver tudo mau
não estou realizada
Então o que é a vida
e qual seu objetivo?
Devo responder só a mim
pois é a minha vida!
e de mais ninguém
Pois dela me alimento
e crio tudo e todos que
estão ao meu redor
Se estiver tudo bem
não estou realizada
Se estiver tudo mau
não estou realizada
Então o que é a vida
e qual seu objetivo?
Devo responder só a mim
pois é a minha vida!
A MINHA VIDA É UM BARCO ABANDONADO - FERNANDO PESSOA
A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com seu fado?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas: peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo de manhã, puro e salgado.
Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.
Infiel, no ermo porto, ao seu destino
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com seu fado?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas: peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo de manhã, puro e salgado.
Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.
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