terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Frases e flores.

       
                                                 











AGRADEÇO AO MAR - SILVANA RC

MAR

Momento único
Troca de energia
Entre as ondas
E você !

Mãe e pai
Que te embala
Nas ondas
Que vão e vem.

Vida que se renova
Na espuma branca
Que a cada chegada
Te convida a refletir.

No ano novo
Pula-se 7 ondas
Para & desejos
Quais são os teu 7?

Agradecer tanta beleza
É transformar em sentimentos
Bons para sua vida!
Obrigada! Obrigado!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

DITOSOS A QUEM ACENA - FERNANDO PESSOA

Marinha

Ditosos a quem acena
Um lenço de despedida!
São felizes: têm pena...
Eu sofro sem pena a vida.

Dôo-me até onde penso,
E a dor é já de pensar,
Órfão de um sonho suspenso
Pela maré a vazar...

E sobe até mim, já farto
De improfícuas agonias,
No cais de onde nunca parto,
A maresia dos dias.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Numerologia : A data de seu aniversário!

               Numerologia 

A numerologia é o estudo arquetípico dos números. Sua versão moderna é fruto da miscigenação de uma grande variedade de conceitos, civilizações e culturas antigas: Babilônia, Pitágoras, a filosofia astrológica da Alexandria helenística, o sistema da Cabala, os antigos Cristianismo místico e Gnosticismo, os Vedas Indianos, o “Círculo dos Mortos” da China, o Livro dos Mestres da Casa Secreta e o Ritual dos Mortos do Egito são algumas das bases conhecidas que nos fazem compreender melhor o que é numerologia.O sistema de numerologia usado pelos hebreus antigos baseava-se na sequência alfabética hebraica: Aleph (A, 1); Beth (B, 2); Gimel (G, 3); Daleth (D, 4) etc. Este sistema ainda hoje é usado por cabalistas e, em geral, na leitura de cartas de tarot. Suas correspondências simbólicas estavam diretamente ligadas ao sistema planetário e numerológico dos hindus.
As tradições hindu e árabe acreditam que os números são os únicos elementos do universo que sempre permanecem inalterados. Segundo essa teoria, os números não regem, mas influenciam e guiam nossas vidas, podendo influenciar nosso caráter e nosso destino.




Numerologia aponta possíveis dons e ensina a aproveitá-los:
Você gosta de comemorar seu aniversário ou faz parte do time de pessoas que prefere não receber parabéns?
Independente de qual for sua resposta, você recebeu um presente quando nasceu.
Talvez não se lembre, mas foi a primeira dádiva que ganhou: seus potenciais.
Sim, cada pessoa foi presenteada com um tipo de talento quando nasceu. Quando este potencial é desenvolvido e expressado, poderá proporcionar um prazer e tanto em sua jornada. Para saber qual foi o seu presente, você precisa abrir o papel que o cobre. E a Numerologia pode ajudar você nesta tarefa. No Mapa Numerólógico, o algarismo do dia do seu aniversário representa seu Número de Aprendizado. Essa simbologia revela possíveis dons, além de ensinar como usufruir o que lhe foi ofertado.
Então, deixe-me fazer parte desta festa e lhe mostrar qual é o seu presente. Veja abaixo o significado do dia do seu nascimento.

QUEM NASCEU NO DIA 1, 10, 19 OU 28:

Essa pessoa foi presenteada com o dom do dinamismo, da originalidade e da criatividade. É possível que tenha uma inquietação fora do comum para se expressar de um jeito único e buscar cada vez mais sua independência. Também pode exercer um papel de liderança ou ser inovador em alguma área. Seu lado rebelde, individualista e competitivo tende a incitar essa pessoa a constantemente crescer, progredir e se destacar.

QUEM NASCEU NO DIA 2, 11, 20 OU 29:

Você tem o talento de conciliar pontos de vista, conhecimentos, pessoas e ambientes aparentemente divergentes. É uma habilidade conciliadora que lhe propicia apaziguar, confortar, curar e apoiar as pessoas. Ou simplesmente ser um colo reconfortante, que com sua simples presença ampara e oferece segurança emocional aos outros. Além disso, tem uma predisposição a estabelecer parcerias, acordos e alianças que influenciarão sua vida significativamente. Você nasceu para formar duplas e brilhar em conjunto com o outro.

QUEM NASCEU NO DIA 3, 12, 21 E 30:

Você ganhou de presente da vida a força das palavras. Sua capacidade de se comunicar com versatilidade, encanto e criatividade é notória. E poderá influenciar bastante as pessoas ao se expressar por meio de diversas formas, seja falando, escrevendo, cantando ou pintando. Ou seja, você deve sempre buscar se comunicar e entrar em contato com várias pessoas, pois poderá alcançar um nível impressionante de popularidade. Possivelmente sua voz será ouvida por muitos.

QUEM NASCEU NO DIA 4, 13, 22 OU 31:

Você nasceu com uma disposição considerável para ser um porto seguro na vida das pessoas. Seu talento para trabalhar, perseverar e assumir muitas responsabilidades é digno de nota. Tanto que tem produtividade suficiente para cuidar simultaneamente de deveres profissionais, familiares e domésticos bem exigentes. As outras pessoas sabem que podem contar com você para o que der e vier. Com um jeito prestativo e dedicado, valoriza a segurança familiar, a credibilidade social e a estabilidade financeira.

QUEM NASCEU NO DIA 5, 14 OU 23:

Você recebeu de presente da vida uma curiosidade acima do normal, além de um inconformismo com o tédio e as convenções sociais repressoras, já que gosta de viver experiências diversificadas, seja fazendo vários cursos, viajando bastante ou se interessando por diversas áreas. Na verdade, você tem a aptidão de buscar sempre algo novo, diferente e estimulante. Seus olhos brilham por ter uma disposição jovial, uma mente ávida por conhecimentos e um desejo sincero de gerar mudanças na vida das pessoas.

QUEM NASCEU NO DIA 6, 15 OU 24:

Você tem o dom de ser fiel às suas amizades e de se dedicar à família, pois sente necessidade de criar vínculos repletos de companheirismo, harmonia e união. E ainda possui o talento de servir e de ser útil, especialmente aos familiares e às pessoas que mais necessitam de ajuda. Quer contribuir de alguma maneira para a comunidade e o bem social. Também gosta de viver cercado pela beleza e pela arte, além de ter uma aptidão toda especial para se reunir com pessoas que possuem os mesmos ideais que os seus. Ao fazer parte de um grupo, terá mais oportunidades de proporcionar melhores condições de vida às pessoas.

QUEM NASCEU NO DIA 7, 16 OU 25:

Você certamente foi presenteado com o dom da investigação, da pesquisa e da disposição em buscar constantemente conhecimentos especializados. Além disso, tende a se tornar uma autoridade na área que escolher se envolver. Com isso, terá condições de atuar como um expert ou mesmo um professor, ensinando de forma didática e com embasamento teórico o que descobre, percebe e coloca em prática no seu dia a dia. Também é uma pessoa muito seletiva, reflexiva e voltada para a qualidade de vida.

QUEM NASCEU NO DIA 8, 17 OU 26:

Você nasceu com o dom da perseverança e da praticidade, e é capaz de concretizar metas pessoais e do grupo. Consegue esse feito ao colocar seu talento executivo para ordenar, administrar e reestruturar o que for necessário no processo de realização. Ao mesmo tempo, tem um forte poder de influenciar os outros, caso decida assumir responsabilidades filantrópicas. Nesse caso, poderá se colocar de forma ainda mais útil às pessoas ao assumir seu poder pessoal e desempenhar com justiça uma posição de liderança e autoridade.

QUEM NASCEU NO DIA 9, 18 OU 27:

Você recebeu de presente um carisma considerável e um desejo de se doar

humanitariamente aos outros. Faz parte de sua missão fazer significativos sacrifícios pessoais em prol do bem de poucas ou muitas pessoas. Afinal, o seu dom artístico, professoral ou sua presença sensível tendem a ajudar muita gente. Por meio desses potenciais, você tende a conseguir diminuir o sofrimento dos outros ou inspirá-los de alguma forma a viver a vida com mais intensidade e entrega. E, também, graças ao seu exemplo de autossuperação, poderá ser bastante percebido pelos outros, exercendo naturalmente esse tipo de liderança compassiva.
Agora que sabe – ou relembrou – a dádiva que recebeu da vida, valerá a pena celebrar seu aniversário não apenas em uma data específica do ano, mas sim todos os dias. Aproveite também para compartilhar com as pessoas seus potenciais. Parabéns!
Por: Yubertson Miranda – Via: personare.com.br

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O pai da História - Heródoto

Heródoto foi um importante historiador da antiguidade. Conhecido como o “pai da História”, nasceu na cidade de Helicarnasso (atual Bodrum na Turquia) por volta de 485 a.C. e morreu em 430 a.C. 

Obras e temas retratados 

Escreveu suas obras em dialeto jônico, pois Helicarnasso era uma cidade da antiga Grécia. 


Sua principal obra, escrita por volta de 440 a.C. ganhou o nome de Histórias e foi dividida em 9 livros: Clio, Euterpe, Tália, Melpômene, Terpsícore, Erato, Polímnia, Urânia e Calíope. A obra também é composta por um encerramento.


Além de fatos históricos da antiguidade, principalmente Grécia Antiga, as obras de Heródoto retratam aspectos do comportamento humano.

As Guerras Médicas, entre gregos e persas, é o tema de destaque em suas obras. No livro II (Euterpe), Heródoto faz um importante relato histórico sobre o Egito Antigo, destacando a Geografia, História, Religião e vida dos faraós.








Por favor Heródoto ilumine e ajude a minha filha a passar no vestibular, que ela saiba as respostas e marque as  respostas certas.

O Pai da Matemática -

O Pai da Matemática


O grande Pai da Matemática é Pitágoras de Samos fundou em Crotona (hoje Itália) uma sociedade secreta onde lá iriam descutir a ciência que era a Matemática eles acreditavam que que o valor dessa ciência não era a praticidade e sim a grande sabedoria.

Tudo é número assim era o lema da Escola Pitágorica e assim acreditavam que a matemática governava o mundo .

Hoje, este ideal está a se concretizar em todas as áreas. O sonho da matematização do mundo está ligado a Pitágoras, Platão, Euclides e mais fundamentalmente a Descartes.

E assim graças a estes ilustres sábios foi que podemos ter a Matemática em grande parte de nosso cotidiano desenvolvendo nossas habilidades com essa ciência que se não tiver um pouco de raciocínio não terá grandes resultados.

Muitos alunos criticam esses sábios isso porque não gostam da Matemática, mas tem que lembrar que essa matéria está no nosso dia-a-dia e que sem ela não resolveríamos grande parte de nossos problemas.

Enfim a Matemática é uma matéria em que tivemos o prestigio de ter como Pai Pitágoras que foi um grande sábio e que hoje nós possamos conhecer e desenvolver essa matéria.


Por favor pitágoras ajude minha filha na prova !

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Nós devemos ficar juntos - Bruna RC

Você ao telefone com a sua garota
Ela reclama e só sabe te chatear
Pois seu humor, ela não sabe decifrar

 Mais uma terça-feira e eu estou aqui
Com músicas  que ela nem mesmo sabe ouvir
Além disse, só eu sei a história

Ela só usa grife
Eu não ligo pra isso
É líder de torcida 
E tem muitos amigos

Mas eu sonho com o dia
Em que vai acordar e me escolher

Porque sou eu que consigo te entender
Então como você não consegue ver 
Que nós devemos ficar juntos para sempre.

SÓ NA MEMÓRIA - Bruna RC

Quero olhar
e tentar ver o que houve
Quero olhar
para verdadeira essência do homem
Algo está errado, eu sei.

Quero viver
tudo aquilo que alguém, já pode
Quero viver
sem pensar no quando e nem onde
Quero ser feliz, eu sei
  
A sensação do tempo passar 
A sensação do corpo mudar
A vontade de desejar

Porque o dia pode acabar
mas eu sei pra sempre vai ficar
o hoje, o ontem, o amanhã
Ninguém pode até creditar
Mas mesmo o nada  vai ficar
No hoje, no ontem, no amanhã
Ou só na memória

Sob Pressão - Silvana RC

Sob pressão do momento
Que de bastante tempo vem
Quando o coração fica apertado
O corpo dá um nó, trava também

Acalmar é a atitude certa
Respirar, chá de camomila
Tudo passa tudo, sempre passará
Então de um jeito de relaxar

Mas eu quero muito
Eu preciso muito
Quem sabe o melhor pra mim,
A energia do amor, sabe.

Amor eu peço:
Que a UFRGS venha
Que o apartamento venha
Nos alimenta, nos proteja.

domingo, 8 de janeiro de 2017

DE ONDE É QUASE HORIZONTE- FERNANDO PESSOA

De onde é quase o horizonte
Sobe uma névoa ligeira
W afaga o pequeno monte
Que para na dianteira.

E com braços de farrapo
Quase invisíveis e frios,
Faz cair seu ser de trapo
Sobre os contornos macios.

Um pouco de alto medito
A névoa só com a ver.
A vida? Não acredito.
A crença? Não sei viver.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

DIA 06 DE JANEIRO - DIA DOS REIS - TRÊS REIS MAGOS






O
s Reis Magos Belchior, Baltazar e Gaspar podem não ter sido reis e nem se sabe se eram mesmo três. Provavelmente, era um grupo de sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou apenas conselheiros que tinham conhecimento em astrologia. O caso é que o significado dos Três Reis Magos vai muito além dos fatos e da história.
Foto: Getty Images
De acordo com a lenda, o africano Baltazar, de 30 anos, o asiático Gaspar, de 15, e o europeu Belchior, de 40, foram os primeiros a visitar o menino Jesus. Eles descobriram que se tratava do nascimento de um rei por causa da Estrela de Belém, e antes mesmo de partirem em busca do Cristo, foram ao palácio do rei Herodes, em Jerusalém. Este, que nada sabia, sentiu-se alarmado e pediu aos magos que o encontrassem.
Os nomes deles já representam a importância do acontecimento: Gaspar significa “aquele que vai inspecionar”, Belchior, “meu rei é luz”, e Baltazar, “Deus manifesta o rei”. Pretendia-se que eles representassem os reis de todo o mundo, então cada um era de uma etnia e idade diferente.
Os magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado é simbolismo espiritual. O ouro simboliza as riquezas e poder material, o incenso representa fé, espiritualidade e religião e a mirra a purificação e limpeza do espirito.
Dos presentes dos Reis Magos é que surge a tradição de troca de presentes no Natal ou fim de ano. Vamos aproveitar o Dia de Reis para pedir suas bênçãos e boas energias a nossos pedidos, através de simpatias e oração.
Oração aos Reis Magos 
Ó amabilíssimos Santos Reis, Baltazar, Melquior e Gaspar! Fostes vós avisados pelos Anjos do Senhor sobre a vinda ao mundo de Jesus, o salvador, e guiados até o presépio de Belém de Judá, pela divina estrela do céu.
Ó amáveis Santos Reis, fostes vós os primeiros a terem a ventura de adorar, amar e beijar a Jesus menino, e oferecer-lhe a vossa devoção e fé, incenso, ouro e mirra. Queremos, em nossa fraqueza, imitar-vos, seguindo a estrela da verdade
E descobrindo a menino Jesus, para adorá-lo. Não podemos oferecer-lhe ouro, incenso e mirra, como fizestes. Mas queremos oferecer-lhe o nosso coração contrito e cheio de fé católica. Queremos oferecer-lhe a nossa vida, buscando vivermos unidos à sua Igreja. Esperamos alcançar de vós a intercessão para receber de Deus a graça que tanto necessitamos.
(Fazer o pedido em silêncio).
Esperamos, igualmente, alcançarmos a graça de sermos verdadeiros cristãos. Ó bondosos Santos Reis, ajudai-nos, amparai-nos, protegei-nos e iluminai-nos.
Derramai vossas bênçãos sobre nossas humildes famílias, colocando-nos debaixo de vossa proteção, da Virgem Maria, a Senhora da Glória, e São José. Nosso senhor Jesus Cristo, o menino do presépio, seja sempre adorado e seguido por todos. Amém!
Simpatia das maçãs para garantir fartura e sorte em 2014 
No dia 06 de janeiro, antes da meia-noite, sirva sobre uma toalha branca e nova quatro pratos com maçãs, uma para você e uma para cada rei mago. Coma a sua. No dia seguinte, dê uma nota de qualquer valor e uma das maçãs dos reis a uma criança, e outra nota e as duas maçãs restantes a um mendigo.
Deposite uma terceira nota de dinheiro na caixa de esmolas de uma igreja e guarde uma nota na sua carteira outra até o final do ano. Aí você doa esta nota e refaz a simpatia.
Simpatia dos Reis Magos para boas energias 
No Dia dos Santos Reis faça esta simpatia para trazer sorte,  amor, dinheiro, paz e o alívio de sofrimentos. Escreva com lápis, no batente superior da porta da entrada de casa, os nomes dos Reis Magos (Baltazar, Gaspar e Melquior), um ao lado do outro. Faça a oração abaixo para proteção da casa e família.
“Assim como trouxeram luz para Jesus, que tragam boas energias para a minha casa, protegendo os meus familiares. Amém”.
Simpatia para limpar e proteger a casa 
No dia 06 de janeiro, mantenha três dentes de alho descascados dentro de um copo com água no ambiente principal de sua casa ou atrás da porta da sala. Quando a água ficar turva, jogue-a em água corrente e mantenha o mesmo alho, enquanto ele estiver branquinho. Vale repetir a simpatia ao longo de todo o ano.
Simpatia para proteger a casa 
No dia 06 de janeiro, faça um saco de linho branco com 7 cm de largura e 12 cm de altura. Na borda, coloque uma bonita fita de cetim amarela. Encha este saco com lentilha crua, arroz cru, 16 moedas e um pequeno ímã. Em seguida, leve a borda do saco até a sua boca e faça os pedidos ali dentro; feche o saco dando dois nós com a fita amarela e deixe em um lugar alto, na entrada da casa. Tanto faz deixar à vista ou esconder.
Simpatia de Reis para ter dinheiro 
Esta simpatia dos Reis Magos é para ter dinheiro o ano todo. Primeiro, coloque uma romã dentro de um saquinho de pano de cor vermelha e ofereça aos três Reis Magos. Depois, coloque-o atrás da porta da sala. Esta simpatia deve ser feita somente no dia dos Reis Magos, dia 06 de janeiro.
Simpatia de Reis  - romã poderosa 
Pegue uma romã e retire nove sementes pedindo aos três Reis Magos, Baltasar, Belchior e Gaspar, que nesse ano que se inicia você tenha muita saúde, amor, paz e dinheiro. Depois pegue três das nove sementes e guarde na carteira para que nunca lhe falte dinheiro. As outras três você engole. E as últimas três que sobraram você joga pra trás fazendo o pedido que desejar.
Simpatia de Reis – romã na carteira 
No dia Dia de Reis, coloque três caroços de romã dentro da carteira para ter dinheiro durante o novo ano.
Simpatia brinde aos Reis 
Abra uma garrafa de espumante e encha a sua taça. Pegue um papel celofane ou simplesmente um papel dourado e corte em um quadrado que pode ser bem pequenininho (5 cm por 5 cm) e deixe em cima da mesa perto de você.
Corte uma romã ao meio. Pegue a sua taça de espumante e faça uma saudação ao Mago Baltazar dizendo "Salve São Baltazar" e erguendo a taça. A seguir, beba um gole de espumante. Coloque uma sementinha de romã na boca e limpe-a todinha até só sobrar a semente, sem polpa nenhuma em volta dela. Aí, pegue a semente e coloque no papel dourado.
Erga a taça novamente e faça a saudação ao Mago Melquior e repita todo o processo. Faça o mesmo para o Rei Mago Gaspar. Ao colocar todas as 3 sementinhas no papel, dobre-o para que ele fique bem dobrado e fechadinho e coloque-o na sua carteira em um lugar que fique o ano todo, quietinho e intocado.
No ano seguinte quando for refazer a simpatia, enterre o papel antigo no jardim, faça a simpatia e coloque-o na carteira para atrair boas energias no ano todo.

FERNANDO PESSOA, sua vida!

Primeiros anos em Lisboa


Fernando Pessoa nasceu neste edifício, no bairro do Chiado, frente à ópera de Lisboa, a 13 de junho de 1888.
A 13 de Junho de 1888, pelas 15h20, nasceu Fernando Pessoa. O parto ocorreu no quarto andar direito do n.º 4 do Largo de São Carlos, em frente à ópera de Lisboa (Teatro de São Carlos), freguesia dos Mártires. De famílias da pequena aristocracia, pelos lados paterno e materno, o pai, Joaquim de Seabra Pessoa (38), natural de Lisboa, era funcionário público do Ministério da Justiça e crítico musical do «Diário de Notícias». A mãe, D. Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa (26), era natural dos Açores (mais propriamente, da Ilha Terceira). Viviam com eles a avó Dionísia, doente mental, e duas criadas velhas, Joana e Emília.
O poeta, pelo lado paterno, tem as suas raízes familiares no concelho de Arouca, nas freguesias do denominado «Fundo do Concelho» de Arouca.[9][10]
Fernando António foi baptizado em 21 de Julho na Basílica dos Mártires, ao Chiado, tendo por padrinhos a Tia Anica (D. Ana Luísa Pinheiro Nogueira, tia materna) e o General Chaby. A escolha do nome homenageia Santo António: a família reclamava uma ligação genealógica com Fernando de Bulhões, nome de baptismo de Santo António, tradicionalmente festejado em Lisboa a 13 de Junho, dia em que Fernando Pessoa nasceu.
A sua infância e adolescência foram marcadas por factos que o influenciariam posteriormente. Às cinco horas da manhã de 13 de Julho de 1893, o pai morreu, com 43 anos, vítima de tuberculose. A morte foi anunciada no Diário de Notícias do dia. Fernando tinha apenas cinco anos. O irmão Jorge viria a falecer no ano seguinte, sem completar um ano, a 2 de Janeiro de 1894.[3] A mãe vê-se obrigada a leiloar parte da mobília e muda-se para uma casa mais modesta, o terceiro andar do n.º 104 da Rua de São Marçal. Foi também neste período que surgiu o primeiro heterónimo de Fernando Pessoa, Chevalier de Pas, facto relatado pelo próprio a Adolfo Casais Monteiro, numa carta de 1935, em que fala extensamente sobre a origem dos heterónimos. Ainda no mesmo ano, escreve o primeiro poema, um verso curto com a infantil epígrafe de À Minha Querida Mamã. A mãe casa-se pela segunda vez em 1895 por procuração, na Igreja de São Mamede, em Lisboa, com o comandante João Miguel Rosa (1857-1919), cônsul de Portugal em Durban (África do Sul), que havia conhecido um ano antes. Em África, onde passa a maior parte da juventude e recebe educação inglesa, Pessoa viria a demonstrar desde cedo talento para a literatura.

Juventude em Durban


O padrasto e a mãe.
Em razão do casamento, viaja com a mãe para Durban, acompanhados por um tio-avô, Manuel Gualdino da Cunha, que voltaria para Lisboa no mês seguinte. Viajam no navio Funchal até à Madeira e depois no paquete Inglês Hawarden Castle até ao Cabo da Boa Esperança. Faz a instrução primária na escola de freiras irlandesas da West Street, onde fez a primeira comunhão, e percorre em dois anos o equivalente a quatro.
Em 1899 ingressa no Liceu de Durban, onde permanecerá durante três anos e será um dos primeiros alunos da turma. No mesmo ano, cria o pseudónimo Alexander Search, através do qual envia cartas a si mesmo. No ano de 1901, é aprovado com distinção no primeiro exame Cape School High Examination e escreve os primeiros poemas em inglês. Na mesma altura, morre sua irmã Madalena Henriqueta, de dois anos. Em 1901 parte com a família para Portugal, para um ano de férias. No navio em que viajam, o paquete König, vem o corpo da irmã. Em Lisboa, mora com a família em Pedrouços e depois na Avenida de D. Carlos I, n.º 109, 3.º Esquerdo. Na capital portuguesa, nasce João Maria, quarto filho do segundo casamento da mãe de Pessoa. Viaja com a sua família à Ilha Terceira, nos Açores, onde vive a família materna. Deslocam-se também a Tavira para visitar os parentes paternos. Nessa época, escreve o poema Quando ela passa.
Tendo de dividir a atenção da mãe com os filhos do casamento e com o padrasto, Pessoa isola-se, o que lhe propicia momentos de reflexão.
Tendo recebido uma educação britânica, que lhe proporcionou um profundo contacto com a língua inglesa, os seus primeiros textos e estudos foram em inglês. Mantém contacto com a literatura inglesa através de autores como ShakespeareEdgar Allan PoeJohn MiltonLord ByronJohn KeatsPercy ShelleyAlfred Tennyson, entre outros. O Inglês teve grande destaque na sua vida, trabalhando com o idioma quando, mais tarde, se torna correspondente comercial em Lisboa, além de o utilizar em alguns dos seus textos e traduzir trabalhos de poetas ingleses, como O Corvo e Annabel Lee de Edgar Allan Poe. Com excepção de Mensagem, os únicos livros publicados em vida são os das colectâneas dos seus poemas ingleses: Antinous e 35 Sonnets e English Poems I - II e III, editados em Lisboa, em 1918 e 1921.

Fernando Pessoa aos seis anos.
Fernando Pessoa permanece em Lisboa, enquanto todos seus familiares — mãe, padrasto, irmãos e criada Paciência, que vieram com ele — regressam a Durban. Volta sozinho para África no vapor Herzog. Matricula-se na Durban Commercial School, escola comercial de ensino nocturno, enquanto de dia estuda as disciplinas humanísticas para entrar na universidade. Nesse período, tenta escrever contos em inglês, alguns dos quais com o pseudónimo de David Merrick, que deixa inacabados. Em 1903, candidata-se à Universidade do Cabo da Boa Esperança. Na prova de exame de admissão, não obtém boa classificação, mas tira a melhor nota entre os 899 candidatos no ensaio de estilo inglês. Recebe por isso o Queen Victoria Memorial Prize («Prémio Rainha Vitória»).[1] Um ano depois, ingressa novamente na Durban High School, onde frequenta o equivalente a um primeiro ano universitário. Aprofunda a sua cultura, lendo clássicos ingleses e latinos. Escreve poesia e prosa em inglês, surgindo os heterónimos Charles Robert Anon e H. M. F. Lecher. Nasce a sua irmã Maria Clara. Publica no jornal do liceu um ensaio crítico intitulado Macaulay. Por fim, encerra os seus bem-sucedidos estudos na África do Sul com o Intermediate Examination in Arts, na Universidade, obtendo uma boa classificação.

Regresso definitivo a Portugal e início de carreira


Orpheu n.º 2, 1915.
Deixando a família em Durban, regressa definitivamente à capital portuguesa, sozinho, em 1905. Passa a viver com a avó Dionísia e as duas tias na Rua da Bela Vista, n.º 17. A mãe e o padrasto regressam também a Lisboa, durante um período de férias de um ano em que Pessoa volta a morar com eles. Continua a produção de poemas em inglês e, em 1906, matricula-se no Curso Superior de Letras (actual Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), que abandona sem sequer completar o primeiro ano. É nesta época que entra em contacto com importantes escritores portugueses. Interessa-se pela obra de Cesário Verde e pelos sermões do Padre António Vieira.
Em Agosto de 1907, morre a sua avó Dionísia, deixando-lhe uma pequena herança, com a qual monta uma pequena tipografia, na Rua da Conceição da Glória, 38-4.º, sob o nome de «Empreza Ibis — Typographica e Editora — Officinas a Vapor», que rapidamente vai à falência. A partir de 1908, aluga o seu primeiro quarto no Largo do Carmo 18, 1º Esqº, dedica-se à tradução de correspondência comercial, uma ocupação a que poderíamos dar o nome de "correspondente estrangeiro". Nessa actividade trabalha a vida toda, tendo uma modesta vida pública.
Inicia a sua atividade de ensaísta e crítico literário com o artigo «A Nova Poesia Portuguesa Sociologicamente Considerada», a que se seguiriam «Reincidindo…» e «A Nova Poesia Portuguesa no Seu Aspecto Psicológico» publicados em 1912 pela revista A Águia, órgão da Renascença Portuguesa. Frequenta a tertúlia literária que se formou em torno do seu tio adoptivo, o poeta, general aposentado Henrique Rosa, no Café A Brasileira, no Largo do Chiado em Lisboa. Mais tarde, já nos anos vinte, o seu café preferido seria o Martinho da Arcada, na Praça do Comércio, onde escrevia e se encontrava com amigos e escritores.
Em 1915 participou na revista literária Orpheu, a qual lançou o movimento modernista em Portugal, causando algum escândalo e muita controvérsia. Esta revista publicou apenas dois números, nos quais Pessoa publicou em seu nome, bem como com o heterónimo Álvaro de Campos. No segundo número da Orpheu, Pessoa assume a direcção da revista, juntamente com Mário de Sá-Carneiro.
Em Outubro de 1924, juntamente com o artista plástico Ruy Vaz, Fernando Pessoa lançou a revista Athena, na qual fixou o «drama em gente» dos seus heterónimos, publicando poesias de Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, bem como do ortónimo Fernando Pessoa.
No número três da revista Sudoeste: cadernos de Almada Negreiros de Novembro de 1935 (mês da sua morte) encontra-se um breve artigo da sua autoria [11] intitulado "Nós os de Orpheu" e o poema "Concelho" [12].

Morte


Última residência do poeta, actual Casa Fernando Pessoa, Lisboa.
Fernando Pessoa foi internado no dia 29 de Novembro de 1935, no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, com diagnóstico de "cólica hepática" causada por cálculo biliar associado a cirrose hepática, diagnóstico que é hoje contestado por estudos médicos, embora o excessivo consumo de álcool ao longo da sua vida seja consensualmente considerado como um importante factor causal. Segundo um desses estudos, Pessoa não revelava alguns dos sintomas mais típicos de cirrose hepática, tendo provavelmente sido vítima de uma pancreatite aguda.[13] Morreu no dia 30 de Novembro, pelas 20h00, com 47 anos de idade. No dia anterior, tinha escrito a sua última frase, em inglês: "I know not what tomorrow will bring" ("Não sei o que o amanhã trará"). O funeral realizou-se a 2 de Dezembro no Cemitério dos Prazeres.

Legado


Espólio de Pessoa: a célebre arca, com mais de 25.000 páginas, e a sua biblioteca pessoal.
Pode-se dizer que a vida do poeta foi dedicada a criar e que, de tanto criar, criou outras vidas através dos seus heterónimos, o que foi a sua principal característica e motivo de interesse pela sua pessoa, aparentemente muito pacata. Alguns críticos questionam se Pessoa realmente teria transparecido o seu verdadeiro eu ou se tudo não teria passado de um produto, entre tantos, da sua vasta criação. Ao tratar de temas subjectivos e usar a heteronímia,[14] torna-se enigmático ao extremo. Este facto é o que move grande parte das buscas para estudar a sua obra. O poeta e crítico brasileiro Frederico Barbosa declara que Fernando Pessoa foi "o enigma em pessoa". Escreveu sempre, desde o primeiro poema aos sete anos, até ao leito de morte. Importava-se com a intelectualidade do homem, e pode-se dizer que a sua vida foi uma constante divulgação da língua portuguesa: nas próprias palavras do heterónimo Bernardo Soares, "a minha pátria (sic) é a língua portuguesa". O mesmo empenho é patente nesta carta:
Analogamente a Pompeu, que disse que "navegar é preciso; viver não é preciso", Pessoa diz, no poema Navegar é Preciso, que "viver não é necessário; o que é necessário é criar". Outra interpretação comum deste poema diz respeito ao facto de a navegação ter resultado de uma atitude racionalista do mundo ocidental: a navegação exigiria uma precisão que a vida poderia dispensar.
O poeta mexicano Octavio Paz, laureado com o Nobel de Literatura, diz que "os poetas não têm biografia. A sua obra é a sua biografia" e que, no caso de Fernando Pessoa, "nada na sua vida é surpreendente — nada, excepto os seus poemas". Em The Western CanonHarold Bloom incluiu-o entre os cânones ocidentais, no capítulo Borges, Neruda e Pessoa: o Whitman Hispano-Português (pg. 451, 1995).
Na comemoração do centenário do nascimento de Pessoa, em 1988, o seu corpo foi trasladado para o Mosteiro dos Jerónimos,[15] confirmando o reconhecimento que não teve em vida.

Pessoa e o ocultismo

Fernando Pessoa interessava-se pelo ocultismo e pelo misticismo, com destaque para a Maçonaria e a Rosa-Cruz (embora não se lhe conheça qualquer filiação concreta em Loja ou Fraternidade dessas escolas de pensamento), havendo inclusive defendido publicamente as organizações iniciáticas no Diário de Lisboa (4 de Fevereiro de 1935), contra ataques por parte da ditadura do Estado Novo. O seu poema hermético mais conhecido e apreciado entre os estudantes de esoterismo intitula-se "No Túmulo de Christian Rosenkreutz". Tinha o hábito de fazer consultas astrológicas para si mesmo (de acordo com a sua certidão de nascimento, nasceu às 15h20, tinha ascendente Escorpião e o Sol em Gémeos).[16] Realizou mais de mil horóscopos.
Apreciava também muito o trabalho de Helena Blavatsky tendo inclusive traduzido, em 1916A Voz do Silêncio, assim como lhe suscitava muita curiosidade o famoso ocultista Aleister Crowley, tendo-lhe traduzido o poema Hino a Pã. Certa vez, lendo uma publicação inglesa de Crowley, encontrou erros no horóscopo e escreveu-lhe para o corrigir. Os seus conhecimentos de astrologia impressionaram Crowley e, como este gostava de viagens, foi a Portugal conhecer o poeta.[17] Acompanhou-o a maga alemã Hanni Larissa Jaeger[18]. O encontro entre Pessoa e Crowley ocorreu com algum sensacionalismo, dado o Poeta Inglês ter simulado o seu suicídio na Boca do Inferno, o que atraiu várias polícias Europeias e a atenção da mídia da época. Pessoa estaria dentro da encenação, tendo combinado com Crowley a notificação dos jornais e a redacção de um "romance policiário" cujos direitos reverteriam a favor dos dois poetas. Apesar de ter escrito várias dezenas de páginas, essa obra de ficção nunca foi concretizada.[19]

Obra poética


Estátua de Fernando Pessoa da autoria de Lagoa Henriques, no café A Brasileira, no Chiado, Lisboa.
Considera-se que a grande criação estética de Pessoa foi a invenção heteronímica que atravessa toda a sua obra. Os heterónimos, diferentemente dos pseudónimos, são personalidades poéticas completas: identidades que, em princípio falsas, se tornam verdadeiras através da sua manifestação artística própria e diversa do autor original. Entre os heterónimos, o próprio Fernando Pessoa passou a ser chamado ortónimo, porquanto era a personalidade original. Entretanto, com o amadurecimento de cada uma das outras personalidades, o próprio ortónimo tornou-se apenas mais um heterónimo entre os outros. Os três heterónimos mais conhecidos (e também aqueles com maior obra poética) foram Álvaro de CamposRicardo Reis e Alberto Caeiro. Um quarto heterónimo de grande importância na obra de Pessoa é Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego, importante obra literária do século XX. Bernardo é considerado um semi-heterónimo por ter muitas semelhanças com Fernando Pessoa e não possuir uma personalidade muito característica, ao contrário dos três primeiros, que possuem até mesmo data de nascimento e morte (excepção para Ricardo Reis, que não possui data de falecimento). Por essa razão, José Saramago, laureado com o Prémio Nobel, escreveu o livro O ano da morte de Ricardo Reis.
Através dos heterónimos, Pessoa conduziu uma profunda reflexão sobre a relação entre verdadeexistência e identidade. Este último fator possui grande notabilidade na famosa misteriosidade do poeta.
Diversos estudiosos de Pessoa procuraram enumerar seus pseudónimosheterónimossemi-heterónimos, personagens fictícias e poetas mediúnicos. Em 1966 a portuguesaTeresa Rita Lopes fez um primeiro levantamento, com 18 nomes. Antonio Pina Coelho, também português, elevou em seguida a relação para 21. A mesma Teresa Rita Lopes apresentou um levantamento mais detalhado em 1990, chegando a 72 nomes.[22] Em 2009 o holandês Michaël Stoker chegou a 83 heterónimos. Mais recentemente, o brasileiro José Paulo Cavalcanti Filho, utilizando critério mais amplo, apresentou uma lista com 127 nomes.[23]

Ortónimo


Mensagem, de Fernando Pessoa, 1ª ed., 1934.
A obra ortónima de Pessoa passou por diferentes fases, mas envolve basicamente a procura de um certo patriotismo perdido, através de uma atitude sebastianista reinventada. O ortónimo foi profundamente influenciado, em vários momentos, por doutrinas religiosas (como a teosofia) e sociedades secretas (como a Maçonaria). A poesia resultante tem um certo ar mítico, heróico (quase épico, mas não na acepção original do termo) e por vezes trágico. Pessoa é um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. Uma explicação para a criação dos três principais heterónimos e o semi-heterónimo Bernardo Soares, reside nas várias formas que tinha de olhar o mundo, apoiando-se no racionalismo e pensamento oriental.[24]
O ortónimo é considerado, só por si, como simbolista e modernista pela evanescência, indefinição e insatisfação, bem como pela inovação praticada através de diversas sendas de formulação do discurso poético (sensaccionismopaulismointerseccionismo, etc.).[25]
Fernando Pessoa foi marcado também pela poesia musical e subjectiva, voltada essencialmente para a metalinguagem e os temas relativos a Portugal, como o sebastianismo presente na principal obra de "Pessoa ele-mesmo", Mensagem, uma coletânea de poemas sobre as grandes personagens históricos portugueses. Publicado em 1934, apenas um ano antes da morte do autor, este foi o único livro de Fernando Pessoa em Língua Portuguesa editado em vida. Foi contemplado com o Prémio Antero de Quental, na categoria de «poema ou poesia solta», do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN).[2]

Heterónimos e Semi-heterónimos

Álvaro de Campos

Ver artigo principal: Álvaro de Campos
TABACARIA
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
_____________________________________________________
Álvaro de Campos: "Tabacaria" (excerto)
Entre todos os heterónimosÁlvaro de Campos foi o único a manifestar fases poéticas diferentes ao longo da sua obra. Era um engenheiro de educação inglesa e origem portuguesa, mas sempre com a sensação de ser um estrangeiro em qualquer parte do mundo.
Começa a sua trajetória como um decadentista (influenciado pelo simbolismo), mas logo adere ao futurismoÁlvaro de Campos é revoltado e crítico e faz a apologia da velocidade e da vida moderna, com uma linguagem livre, radical. Nesta época escreveu as "Odes", publicadas na revista Orpheu, em 1915, e o "Ultimatum", publicado na revista Portugal Futurista, em 1917.
Após uma série de desilusões com a existência, assume uma veia niilista, expressa no poema "Tabacaria", considerado um dos mais conhecidos e influentes poemas da língua portuguesa.

Ricardo Reis

Ver artigo principal: Ricardo Reis
O heterónimo Ricardo Reis é descrito como um médico que se definia como latinista e monárquico. De certa maneira, simboliza a herança clássica na literatura ocidental, expressa na simetria, na harmonia e num certo bucolismo, com elementos epicuristas e estóicos. O fim inexorável de todos os seres vivos é uma constante na sua obra, clássica, depurada e disciplinada. Faz uso da mitologia não-cristã.
Segundo Pessoa, Reis mudou-se para o Brasil em protesto à proclamação da República em Portugal e não se sabe o ano da sua morte.
Em O ano da morte de Ricardo ReisJosé Saramago continua, numa perspectiva pessoal, o universo deste heterónimo após a morte de Fernando Pessoa, cujo fantasma estabelece um diálogo com o seu heterónimo, sobrevivente ao criador.

Alberto Caeiro

Ver artigo principal: Alberto Caeiro
Por sua vez, Caeiro, nascido em Lisboa, teria vivido quase toda a vida como camponês, quase sem estudos formais. Teve apenas a instrução primária, mas é considerado o mestre entre os heterónimos (pelo ortónimo). Depois da morte do pai e da mãe, permaneceu em casa com uma tia-avó, vivendo de modestos rendimentos e morreu de tuberculose. Também é conhecido como o poeta-filósofo, mas rejeitava este título e pregava uma "não-filosofia". Acreditava que os seres simplesmente são, e nada mais: irritava-se com a metafísica e qualquer tipo de simbologia para a vida.
Os escritos pessoanos que versam sobre a caracterização dos heterónimos, "Pessoa-ele-mesmo", Álvaro de Campos, Ricardo Reis e o meio-heterónimo Bernardo Soares, conferem a Alberto Caeiro um papel quase místico, enquanto poeta e pensador. Reis e Soares chegam a compará-lo ao deus , e Pessoa esboça-lhe um horóscopo no qual lhe atribui o signo de leão, associado ao elemento fogo. A relevância destas alusões advém da explicação de Fernando Pessoa sobre o papel de Caeiro no escopo da heteronímia. Citando a atuação dos quatro elementos da astrologia sobre a personalidade dos indivíduos, Pessoa escreve:
"Uns agem sobre os homens como o fogo, que queima nele todo o acidental, e os deixa nus e reais, próprios e verídicos, e esses são os libertadores. Caeiro é dessa raça, Caeiro teve essa força."
Dos principais heterónimos de Fernando Pessoa, Caeiro foi o único a não escrever em prosa. Alegava que somente a poesia seria capaz de dar conta da realidade.
Possuía uma linguagem estética direta, concreta e simples mas, ainda assim, bastante complexa do ponto de vista reflexivo. O seu ideário resume-se no verso Há metafísica bastante em não pensar em nada. A sua obra está agrupada na coletânea Poemas Completos de Alberto Caeiro.

Bernardo Soares

Ver artigo principal: Bernardo Soares
Bernardo Soares é, dentro da ficção de seu próprio Livro do Desassossego, um simples ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Conheceu Fernando Pessoa numa pequena casa de pasto frequentada por ambos. Foi aí que Bernardo deu a ler a Fernando seu livro, que, mesmo escrito em forma de fragmentos, é considerado uma das obras fundadoras da ficção portuguesa no século XX.[26]
Bernardo Soares é muitas vezes considerado um semi-heterónimo porque, como seu próprio criador explica:
"Não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela. Sou eu menos o raciocínio e afectividade."
A instância da ficção que se desenvolve no livro é insignificante, porque trata-se de uma "autobiografia sem factos", como o próprio Fernando Pessoa situa o livro. Dessa forma, o que interessa em sua prosa fragmentária é a dramaticidade das reflexões humanas que vêm à tona na insistência de uma escrita que se reconhece inviável, inútil e imperfeita, à beira do tédio, do trágico e da indiferença estética. O facto de Fernando Pessoa considerar (em cartas e anotações pessoais) Bernardo Soares um semi-heterónimo faz pensar na maior proximidade de temperamento entre Pessoa e Soares. Nesse sentido, para alguns, o jogo heteronímico ganha em complexidade e Pessoa logra o êxito da construção de si mesmo como o mais instigante mito literário português na Modernidade.

Cronologia


Fernando Pessoa, um flâneur na Baixa de Lisboa.
A seguir apresenta-se uma cronologia abreviada da vida do poeta:[27][28]
1888: Fernando António Nogueira Pessoa nasce, a 13 de Junho. É batizado em Julho.
1893: Em Janeiro, nasce seu irmão Jorge. A 24 de julho, o pai morre, de tuberculose. A família é obrigada a leiloar parte dos bens.
1894: O irmão de Fernando, Jorge, morre em Janeiro. Pessoa cria o seu primeiro heterónimo. O futuro padrasto, João Miguel Rosa, é nomeado cônsul interino em Durban, na África do Sul.
1895: Em Julho, Fernando escreve o seu primeiro poema e João Miguel Rosa parte para Durban. Em Dezembro, João Miguel Rosa casa-se com a mãe de Fernando, por procuração.
1896: Em 7 de Janeiro, é concedido o passaporte à mãe, e a família parte para Durban. A 27 de Novembro, nasce Henriqueta Madalena, irmã do poeta.
1897: Fernando faz o curso primário e a primeira comunhão em West Street.
1898: Nasce, a 22 de Outubro, sua segunda irmã, Madalena Henriqueta.
1899: Ingressa na Durban High School em Abril. Cria o pseudónimo Alexander Search.
1900: Em Janeiro, nasce o terceiro filho do casal, Luís Miguel. Em Junho, Pessoa passa para a Form III e é premiado em francês.
1901: Em Junho, é aprovado no exame da Cape School High Examination. Madalena Henriqueta falece e Fernando começa a escrever as primeiras poesias em inglês. Em Agosto, parte com a família para uma visita a Portugal.
1902: Em Janeiro, nasce, em Lisboa, seu irmão João Maria. Fernando vai à ilha Terceira em Maio. Em Junho, a família retorna a Durban. Em Setembro, Fernando volta sozinho para Durban.
1903: Submete-se ao exame de admissão à Universidade do Cabo, tirando a melhor nota no ensaio em inglês e ganhando assim o Prémio Rainha Vitória.
1904: Em Agosto, nasce sua irmã Maria Clara e em Dezembro termina os estudos na África do Sul.
1905: Parte definitivamente para Lisboa, onde passa a viver com a avó Dionísia. Continua a escrever poemas em inglês.
1906: Matricula-se, em Outubro, no Curso Superior de Letras. A mãe e o padrasto retornam a Lisboa e Pessoa volta a morar com eles. Falece, em Lisboa, a sua irmã Maria Clara.
1907: A família retorna uma vez mais a Durban. Pessoa passa a morar com a avó. Desiste do Curso Superior de Letras. Em Agosto, a avó morre. Durante um curto período, Pessoa estabelece uma tipografia.
1908: Começa a trabalhar como correspondente estrangeiro em escritórios comerciais.
1910: Escreve poesia e prosa em português, inglês e francês.
1912: Publica na revista Águia o seu primeiro artigo de crítica literária. Idealiza Ricardo Reis.
1913: Intensa produção literária. Escreve O Marinheiro.
1914: Cria os heterónimos Álvaro de CamposRicardo Reis e Alberto Caeiro. Escreve os poemas de O Guardador de Rebanhos e também o Livro do Desassossego.
1915: Sai em Março o primeiro número de Orpheu. Pessoa "mata" Alberto Caeiro.

"Fernando Pessoa em flagrante delitro": dedicatória na fotografia que ofereceu a Ophélia Queiroz em 1929.
1916: O seu amigo Mário de Sá-Carneiro suicida-se.
1918: Publica poemas em inglês, resenhados com destaque no "Times".
1920: Conhece Ofélia Queiroz. Sua mãe e seus irmãos voltam para Portugal. Em Outubro, atravessa uma grande depressão, que o leva a pensar em internar-se numa casa de saúde. Rompe com Ofélia.
1921: Funda a editora Olisipo, onde publica poemas em inglês.
1924: Aparece a revista "Atena", dirigida por Fernando Pessoa e Ruy Vaz.
1925: A 17 de Março, morre, em Lisboa, a mãe do poeta.
1926: Dirige com seu cunhado a "Revista de Comércio e Contabilidade". Requer patente de uma invenção sua.
1927: Passa a colaborar com a revista Presença.
1929: Volta a relacionar-se com Ofélia.
1931: Rompe novamente com Ofélia.
1934: Publica Mensagem.
1935: Em 29 de Novembro, é internado com o diagnóstico de cólica hepática. Morre no dia 30 do mesmo mês.