quarta-feira, 11 de junho de 2025

Belquior no meu caminho. Poesia de Sil_ASMR

 Que voz toca o coração a ponto 

de parar teu pensars 

Belchior faz isso comigo

Ele queria profetizar

Mas acha que não conseguiu

No meu entendimento sim!

a palavra preciosa  e amiga 

Chegou até mim.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Aqui e Agora - Silvana Ramos

 Quando amanhã é depois de hoje

penso que ser é agora

que alegria de poder ser

 com a consciência do existir


Ganhe a vida vivendo o agora

perceba que o tempo passa

e que tu pode escolher

a tua presença no aqui


Gratidão é a palavra

que tu podes usar à vontade

a vida também te agradece

e te vê como um presente

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Oração de uma criança - Luz Maria Ibarra(escritora mexicana)

 Senhor, esta noite eu te peço algo especial:

Converte-me em um televisor, porque eu gostaria de ocupar

o seu lugar; para viver o que vive o televisor de minha casa;

ter um quarto especial para mim;

reunir todos os membros da minha família ao meu redor;

ser o centro de atenção que todos querem escutar;

sem ser interrompido nem questionado;

ser levado a sério quando falo;

sentir o cuidado especial que recebe a televisão

quando algo não funciona bem;

ter a companhia de meu pai quando chega em casa,

ainda que esteja cansado do trabalho;

ser procurada por mamãe quando eu estiver sozinha e aborrecida,

 em lugar de ignorar-me:

ter irmãos brigando para estar comigo;

diverti-los a todos, ainda que, as vezes, não lhes diga nada;

viver a sensação de que eles deixam tudo 

para passar alguns momentos ao meu lado.

  Senhor; eu não te peço muito;

  Tudo isso vive qualquer televisor.

Assim seja....


quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Poesia de Anna Clara Dalcanale

As estribeiras de corações vivos 
  A vida é uma junção de sentimentos, 
Vividos a todo vapor em vários momentos,
 Que nos mostram se estamos Certos, errados, 
Em movimento, parados. Nos congela no tempo, nos preserva
Nos consome e deserda, E, ao mesmo tempo, Nos faz viver coisas vis e sagas
Consome nossas energias, Nos recompõe, 
Permite que vivamos E aprendamos a dar valor 
À simplicidade da vida, À reunião da família E a um bom lar: 
 Café preto coado, Bolo de milho quentinho,
 Recém-assado, tirado do forno, 
E a goiabada docinha 
Que a vovó fazia Em sua simples casinha Lá no interior
 Mostrando que tudo acontece no seu tempo, 
Sem pressentimentos antecipados, 
Mesmo com choros acumulados, 
Mas que, no fim, acabam 
Sempre nos consolando, 
Em meio à vida neste árduo caminho, 
Com a visão prévia de um dia acabar.


 Anna Clara Dalcanale, 01 de Janeiro de 2025 ---