sexta-feira, 30 de setembro de 2016

MOMENTINHOS RELAX ! I LOVE!

Em Porto Alegre, no mercado público, na Banca 40! Tradicional salada de fruta com sorvete!




Uma pausa para minha longa caminhada!
Não uso muito este recanto pois minha vizinha tem uma calopsita que não para de gritar, sem chance de relaxar!
No aniversário de 18 anos da Júlia , os colegas preparam esta linda bebida!
Minha cadelinha MEL!
Uma borboleta veio na sala, linda !
Visão do paraíso!
Gosto dos pés pra cima!
Banca 40!

A MÚSICA DA VOZ - SILVANARC

Cantar é amar a voz
A voz da alma 
A voz do coração 
A voz do pulmão
A voz das cordais vocais
Que vibram conforme o dom!

A energia que emana
Dos dons que nós trazemos
Completa o círculo das boas novas
Que embala os sábados à noite
Porque noutro dia é domingo!

Baladas são barcas que levam
Todas as idades, a navegar!
Resta saber qual a música
Que te agrada!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

BALADAS DE UMA OUTRA TERRA - FERNANDO PESSOA

Baladas de uma outra terra, aliada
Às saudades das fadas, amadas por gnomos idos,
Retinem lívidas ainda aos ouvido
Dos luares das altas noites aladas...
Pelos canais barcas erradas
Segredam-se rumos descridos..

E tresloucadas ou casadas com o som das baladas
As fadas são belas e as estrelas
São delas...Ei-las alheadas...

E são fumos os rumos das barcas sonhadas,
Nos canais fatais iguais de erradas,
As barcas parcas das fadas,
Das fada aladas e hiemais
E caladas...


Toadas afastadas, irreais, de baladas...
Ais...

SUPERAÇÃO - SILVANARC

Hoje enfrentei a ira, a raiva
Sentimentos condenados abafados
Que não foram desvendados
Devido a má fama, pois não são
Alegres para alma, mas eles existem
E que cores podem ter esses sentimentos
Se traduzidos para a palheta da vida

Os grandes poetas e escritores
São intimistas e reflexivos!
Cheios de sentimentos de toda ordem
Pois quem está sempre feliz
Não precisa pensar em mais nada!

A lua é uma inspiração para alma
Do poeta, do amante e do escritor
Lua cheia é a maior que nos chama
A delirar, com palavras e sonhos!

Meu sonho é...
Meu objetivo é...
Meu amor é...
Meu ser é ....
Eu sou o que quero ser!

Só uma coisa eu tenho certeza
Eu fui eu, sempre,  e fiz
Quebrei a cara, errei
Mas,  a força maior
Me deixou viver!
Obrigado! Mestre da vida!

Quem se esconde da vida
Como eu agora neste paraizo
É porque gosta da vida que tem
É um resgate do tempo
Uma ânsia de vida sem movimento
E a natureza minha amiga
Me ajuda a superar a ausência do mundo.


Liberdade é uma conquista
A vida te dá escolhas ou não
Se tu seguir a direção do bem
Certamente te satisfará e não
Terás arrependimento, e pensará
Construí no meu coração isso
Basta! Minha consciência tá em paz!

Comecei com a Ira e terminei com o amor!
Preciso ser livre e presa ao mesmo tempo!
Para não me perder por aí!
Livre de pensamentos e presa pelo amor!
Amor meu louco amor   de escorpiano!

domingo, 25 de setembro de 2016

(?) AZUL OU VERDE OU ROXO - FERNANDO PESSOA

Azul, ou verde, ou roxo quando o sol
O doura falsamente de vermelho,
O mar é áspero(?), casual(?) ou mol(e),
É uma vez abismo e outra espelho.
Evoco porque sinto velho
O que em mim quereria  mais que o mar
Já que nada ali há por desvendar

Os grandes capitães e os marinheiro
Com que fizeram a navegação,
Jazem longínquos, lúgubres parceiros
Do nosso esquecimento e ingratidão.

Só o mar às vezes, quando são
Grandes as ondas e é deveras no mar
Parece incertamente recordar.

Mas sonho..O mar é água é água nua,
Serva do obscuro ímpeto distante
Que, como a poesia, vem da lua
Que uma vez o abate outra o levanta,
Mas, por mais que descante
Sobre a ignorância natural do mar,
Pressinto-o, vasante, a murmurar.

Quem sabe o que é a alma? Quem conhece
Que alma há nas coisas que aprecem mortas.
Quanto em terra ou em nada nunca esquece.
Quem sabe se no espaço vácuo há portas?
O sonho que me exortas
A meditar assim a voz do mar.
Ensina-me a saber-te meditar.

Capitães,  contramestres- todos nautas
Da descoberta infiel de cada dia
Acaso vos chamou de ignotas flautas
A vaga e impossível melodia.
Acaso o vosso ouvido ouvia
Qualquer coisa do mar sem ser o mar
Sereias só de ouvir e não de achar?

Quem atrás de intérminos oceanos
Vos chamou à distância ou quem
Sabe que há nos corações humanos
Não só uma ânsia natural de bem
Mas, mais vaga, mais sutil também
Uma coisa que quer o som do mar
E o estar longe de tudo e não parar.

Se assim é e se vós e o mar imenso
Sois qualquer coisa, vós por o sentir
E o mar por o ser, disto que penso;
Se no fundo ignorado do existir
Há mais alma que a que pode vir
À tona vá de nós, como à do mar
Fazei-me livre, enfim, de o ignorar.

Dai-me uma alma transposta de argonauta,
Fazei que eu tenha, como o capitão
Ou o contramestre, ouvidos para a flauta
Que chama ao longe o nosso coração.
Fazei-me ouvir, como a um perdão,
Numa reminiscência de ensinar.
O antigo português que fala o mar!

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

FRAQUEZA É FORÇA! SILVANARC

A mulher finge não ser
Para dar lugar a outros
Que para ela é tudo
E na vida é razão de ser.

Fingir não é fraqueza
É só um momento
De pura inteligência
Que o coração usa.

Faça o que for
Para proteger
A que ama
E será você!

AUTOPSICOGRAFIA - FERNANDO PESSOA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não tem.

E assim nas calhas de roda
Gira, e entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

MARCAS DO TEMPO - SILVANARC

Estampado no rosto do homem
Sentimentos com raiz
Que não escondem
O quanto ele viveu

O registro na face
É com o tempo que se forma
Mas hoje os humanos querem esquecer
Essas marcas do tempo.

Marcado está no coração
Que pulsa mais forte
A cada lembrança
Que queriam apagar

A trajetória marcada
Continua registrada
Seja no pensamento!
Ou aqueles que corajosamente
Deixam na pele aparecer.


ATRAVESSA ESTA PAISAGEM O MEU SONHO - FERNANDO PESSOA

Atravessa esta paisagem o meu sonho dum porto infinito
E a cor das flores é transparente de as velas de grandes navios
Que alargam do cais arrastando nas águas por sombra
Os vultos ao sol daquelas árvores antigas..

O porto que sonho é sombrio e pálido
E esta paisagem é cheia de sol deste lado...
Mas no meu espiríto o sol deste dia é porto sombrio
E os navios que saem do porto são estas árvores ao sol...

Liberto em duplo, abandonei-me da paisagem abaixo...
O vulto do cais é a estrada nítida e calma
Que se levanta e se ergue como um muro,
E os navios passam por dentro dos troncos das árvores
Com uma horizontalidade vertical,
E deixam cair amarras na água pelas folhas uma a uma dentro...

Não sei quem me sonho...
Súbito toda a água do mar do porto é transparente
E vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse desdobrada,
Esta paisagem toda, renque de árvore, estrada a arder em aquele porto,
E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa
Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem
E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro,
E passa para o outro lado da minha alma...

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

A LUZ NO FUNDO DO TÚNEL- SILVANARC

TUDO QUE VEMOS
MUITAS VEZES NÃO CREMOS
A LUZ DA ALMA
ILUMINA A MINA!

TUDO QUE CREMOS
AS VEZES NÃO VEMOS
O ENGANO FAZ O JOGO
QUE VAMOS JOGAR!

O ACASO FAZ SURGIR
EMOÇÕES FÁCEIS
QUE A VIDA MERECE TER
PENSE, NÃO HAJA!

DIFÍCIL É SER O QUE QUERO
FÁCIL É NÃO SER
TRISTE É A EXISTÊNCIA
DE QUEM NÃO É!

OUÇA TUDO
O QUE PUDER
LIVRE VOCÊ É
LIBERDADE É DISCIPLINA!

ÀS VEZES ENTRE A TORMENTA- FERNANDO PESSOA

Ás  vezes entre a tormenta,
quando já umedeceu,
raia uma nesga no céu,
com que a alma se alimenta.

E às vezes entre o torpor
que não é tormenta da alma,
raia uma espécie de calma
que não conhece o langor.

E, quer nem quer noutro caso,
como o mal feito está feito,
restam os versos que deito,
vinho no copo do acaso.

Porque verdadeiramente
sentir é tão complicado
que só andando enganado
é que se crê que se sente.

Sofremos? Os versos pecam.
Mentimos? Os versos falham.
E tudo é chuvas que orvalham
folhas caídas que secam.

TORPOR - Estado de entorpecimento; momento de inatividade física e mental.

LANGOR -  Enfraquecimento mórbido;fraqueza ou frouxidão orgânica.

domingo, 11 de setembro de 2016

Acredite!

Permanecer centrado num estado de auto-respeito elevado, irá ajudá-lo a não se deixar perturbar pelos outros.

sábado, 10 de setembro de 2016

Poetas do Coração - SilvanaRC

Poesia faz o cérebro
Decifrar os enigmas
Do coração!

Fala coração,
Fala coração
Pra Poesia ouvir
A tua voz!

Coração é para amar
Coração é para pulsar
Coração  é  a  Poesia
Que vive em cada um.

Você tem um coração
Então escreva Poesia!

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

AS TUAS MÃOS TERMINAM EM SEGREDO - FERNANDO PESSOA

As tuas mãos terminam em segredo,
Os teus olhos são negros e macios
Cristo na cruz os teus seios(?) esguios
E o teu perfil princesas no degredo...

Entre buxos e ao pé de bancos frios
Nas entrevistas alamedas, quedo
O vendo põe o seu arrastado medo
Saudoso o longes velas navios.

Mas quando o mar subir na praia e for
Arrasar os castelo que na areia
As crianças deixaram, meu amor,

Será o haver cais num mar distante...
Pobre do rei pai das princesas feias
No seu castelo à rosa do Levante!