IMPÉRIO PERSA-Resumo
Ciro unificou medos e persas, lançando as
bases do seu império desde o rio Indo, na Índia, até o norte da Grécia,
incluindo a Mesopotâmia.
A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO
- O
império era governado, em seu auge, por Dario I. As províncias eram
chamadas de satrapias.
- O
Império Persa era dividido em vinte satrapias, cada uma governada pelos
sátrapas, altos funcionários reais, para administrá-las. Com a intenção de
não dar poderes absolutos aos sátrapas, nomeou para cada província um
general e um secretário, subordinados diretamente ao imperador.
- O
sátrapa era responsável pela arrecadação dos impostos em seu território.
Uma parte dos tributos ele usava para manter a administração e o exército,
a outra, ele enviava para o rei.
- A
riqueza para sustentar o enorme império era fornecida por camponeses
livres, que viviam em comunidades e pagavam impostos ao imperador. Havia
também o trabalho escravo, mas a maioria dos trabalhadores não pertencia a
essa categoria.
- Altos
funcionários eram enviados, seguidamente, às satrapias, para
fiscalização e para evitar traições. Eram os “olhos e ouvidos”
do imperador.
- A
adoção da língua aramaica em todos os documentos oficiais, o adoção de um
eficiente sistema de correios a cavalo e a construção de uma rede de
estradas favoreceu a administração do grande império. Ao mesmo tempo em que a rede de estradas
garantia um melhor deslocamento aos exércitos, também servia de apoio no
desenvolvimento das atividades comerciais.
- Não
havia uma capital única no Império e sim várias cidades que se transformavam
em novas capitais, de onde o rei governava temporariamente: Susa,
Persépolis, Babilônia e Ecbátana.
- Os
imperadores persas não proibiam os costumes, as leis, as religiões as
línguas nativas dos povos conquistados. E concediam alguma autonomia
para as classes altas, que governavam as regiões dominadas. Mas os persas
exigiam, em troca, homens para seu exército, alimentos e metais preciosos.
- Um
exemplo da tolerância persa:
depois de tomar a Babilônia, Ciro restitui a liberdade aos
Hebreus, livrando-os do “Cativeiro da
Babilônia”, e lhes deu
o mobiliário do Templo de Jerusalém, pilhado por
Nabucodonosor.
- A
política no Estado persa era toda dominada e feita pelo imperador (rei),
soberano absoluto que mandava e controlava tudo e todos. O rei era
considerado quase um deus. Governava por ordem de deus na Terra. Desta
forma, o poder era considerado de direito divino (Teocracia).
- Como
no Egito, a agricultura era a base de sua economia e dependia das cheias
dos rios Tigre e Eufrates. O controle das atividades econômicas era
exercido pelo Estado. Plantava-se a cevada, o trigo e o centeio.
A SOCIEDADE
- A
sociedade persa era dividida em rígidas camadas sociais. No topo da
sociedade estava o rei, abaixo do rei estavam os sacerdotes, A nobreza e
os grandes comerciantes.
- Depois,
a camada média da população (pequenos comerciantes, artesãos e soldados).
- Os
camponeses, considerados homens livres, formavam outro grupo social. Estes
viviam miseravelmente, muito explorados e eram obrigados a entregar quase
tudo o que produziam para os donos das terras. Eram obrigados também a
prestar serviços na construção de palácios e de obras públicas (canais de
irrigação, estradas, etc.).
- Por
último, vinham os escravos, aprisionados nas conquistas militares,
formavam um grupo numeroso, que executavam os trabalhos mais pesados na
construção de palácios e obras públicas.
A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO
- Dario
é derrotado, na Grécia, na Batalha de Maratona (490 A.C.), pelos
atenienses.
- Em
330 A.C., os persas, liderados por Xerxes e seu filho
Artaxerxes, são derrotados por Alexandre Magno, da Macedônia.
A RELIGIÃO
A religião era dualista: havia a luta entre o bem – Ormuz (ou Ahura-Mazda) – e o
mal – Arimã, fundada por Zoroastro ou Zaratrusta.
Os princípios básicos da religião estão contidos no livro sagrado
“Zend-Avesta”.
Ormuz não tinha imagem, sendo simbolizado pelo fogo. Era o deus da
luz e criador das coisas boas da Terra
Arimã é representado por uma serpente. Era o responsável pelas
doenças e pelas desgraças do mundo, sendo o deus das trevas.
O zoroastrismo valoriza o livre-arbítrio do homem, isto é, cada pessoa
era livre para escolher entre o bem e o mal. Mas, no dia do Juízo Final,
responderia pelas consequências de sua escolha.
O Juízo Final chegaria quando os dois deuses se enfrentariam e seria o momento
onde todos os homens seriam julgados por seus atos.
Portanto, segundo o zoroastrismo, o dever das pessoas é praticar o bem e a
justiça, para que, no dia do Juízo Final, Ormuz seja vitorioso e, assim o bem
prevaleça sobre o mal. Além disso, aos bons estava reservada a vida eterna no
paraíso.
Portanto, também acreditavam também na imortalidade da alma e na ressurreição
dos mortos.
Na Pérsia não existiam
templos ou cultos. Zoroastro acabou com as crenças nos antigos ídolos ao
demonstrar que a verdade e a pureza eram expressões do próprio culto.
Algumas características do
zoroastrismo influenciaram outras religiões, como o cristianismo e o
judaísmo. No cristianismo, por exemplo, encontram-se presentes as ideias
de Juízo Final, do paraíso e da divisão entre bem e mal.
Algumas virtudes
recomendadas pelo zoroastrismo, como o cumprimento às obrigações de trabalho,
obediência aos governantes, criação de muitos filhos e cultivo da terra,
serviam também para convencer a camada mais inferior da sociedade persa a não
se revoltar contra a situação de exploração a que vivia submetida. Essa
concepção religiosa acabou por se transformar em importante fator de controle
político e social por parte dos reis e da aristocracia persa.
A CULTURA
As criações artísticas e intelectuais sofreram influência das culturas dos
povos vizinhos. Os persas optaram a
princípio pela escrita cuneiforme, inventada pelos sumérios, que depois foi
substituída por uma escrita alfabética. Adotaram o uso de moeda (o dárico),
visando ao desenvolvimento do comércio.
Na arquitetura, os persas
usaram como modelo as construções babilônicas e egípcias, embora os grandes
monumentos persas não fossem templos – como no Egito e na Mesopotâmia – e sim
palácios reais.
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